segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pode pensar o que quiser, ainda acho a reciprocidade uma das coisas mais gostosas- e divertidas - desse mundo.

Vem cá! Me dá a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora sente. Olha o tumtumtum...
Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que eu estou de saco cheia de história românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um fimlme "B" pra ser mais exata. Eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr nas veias, pras lágrimas cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidades, de telefone mudo e de música sem letra. Estou cansada de escrever sobre o meio ambiente, redigir manifestos contra o uso de pele de animais em casacos, falar sobre o que será a moda nas ruas. Hoje não! Uma hora eu escrevo sobre isso, sei lá. Mas deixa primeiro eu salvas a MINHA pele. Me deixa ser egoista. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero me preservar. Me deixa fora de mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie em extinção: eu acredito nas pessoas.
E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que você sente algo por mim, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. ( Ou me diga tudo).
Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doce possíveis.
(Sabia?). Mas meu coração esta rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer o tempo que passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Nõ mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou afim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, história de santos e demais evoluídos do planeta.
Mas eu não moro em igreja. Pode rir, é isso mesmo. Não vou fingir ser o que mão sou. Quer me tratar bem? Amém! Se não quiser, vá com Deus, não me procure mais! Amor incondicional é muito bonito. Mas eu só tenho por mim, pela minha fámilia. E pelos meus cachorros. De resto, sou igual bicho. Me morde e eu te como. Com minhas palavras.
Que são meu maior mel. E meu melhor veneno.

Um comentário:

Unknown disse...

magnifik...
Como suas palavras podem ser tão doces como mel , e sutis como um veneno...