Ei psiu... Essa eu fiz especialmente pra você!

Ei psiu! Vá...
Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.
Investigue a vida alheia. Faça calúnias.
Investigue histórias em que você não está.
Vá!
Mas vá logo!
O que te espera de si? Flores, perdão...
Ou um sentimento barato pra se enfeitar?

Vá.
Fale mal de mim quanto eu faço versos.
Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.
Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.
Meu coração tão leve – daqui - te sente:
Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?

Como te escreves se nem sabes servir?
Queria te dizer, me desculpa a audácia
Do mundo, a gente pouco leva: O que viu ali.
O que sentiu. O que leu...
O que fez por alguém e por si mesmo.
O que foi, quase por engano.
Da vida, meu amigo, a gente só leva o coração.
E o meu é poesia. Música.
E uma leve descrença no ser humano que eu não posso evitar.

E o seu? (...)

Vá! CUIDE –SE.
Mas cuide DE SUA VIDA.
Sempre é tempo de mudar e se fazer feliz.

(ALESSANDRA DIAS – Mil maneiras educadas de mandar alguém á merda)